sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

“Raise” 2009 - XVIII edizione del Premio di poesia e prosa nei dialetti veneti.

BANDO DI CONCORSO

Nell’ambito delle manifestazioni del “Maggio Arquatese” 2009, l’Amministrazione e la Biblioteca Comunale organizzano la XVIII edizione del Premio Letterario “Raise”, dedicato alla poesia e alla prosa (racconti, vita vissuta, fiabe e fole), scritte nei dialetti veneti.
Il Premio è riservato a tutti gli scrittori di radici venete, anche remote, che vivono in Italia o all’estero.
Gli elaborati, inediti, nuovi a questo concorso e mai premiati in altri, dovranno pervenire, entro il 10 Marzo 2009, alla Segreteria del Premio Raise, in via Castello, n. 2, 45031 Arquà Polesine (Rovigo). Le adesioni sono libere e gratuite.
I testi, in otto copie anonime, dovranno essere accompagnati da una busta chiusa, priva di contrassegni, contenente: copia del testo firmata, con generalità complete, indirizzo, telefono e “radici” dell’autore. I dati personali dei concorrenti saranno tutelati a norma della legge 675/96 sulla privacy e successive modifiche.
Ogni concorrente può inviare non più di due testi per ogni sezione: 40 versi massimo per ogni poesia e due fogli A4 standard per ogni prosa. Agevolerà il lavoro della Giuria una traduzione o un glossario.
Gli elaborati non saranno restituiti in alcun caso. L’Amministrazione si riserva, senza preavviso e compenso all’autore, il diritto di diffusione e stampa dei lavori premiati e segnalati che saranno editi, come tradizione, in un volume gratuito.
I premi, a giudizio insindacabile della Giuria, saranno così assegnati:
Primo premio di poesia “ Raise 2009 ” : 600 euro;
Primo premio di prosa “ Raise 2009 ” : 600 euro.

(I premi versati saranno soggetti a ritenuta d’imposta o di acconto ai sensi dell’Art. 30 del D.P.R. 600/73).
Sono previsti, inoltre, a discrezione della Giuria, premi e segnalazioni per le opere particolarmente meritevoli. I premi non ritirati, personalmente o con delega, il giorno della premiazione, rimarranno di proprietà del Comune di Arquà Polesine, promotore del Premio.
Il vincitore assoluto di ogni sezione del concorso non potrà concorrere al Premio successivo per tre anni. Potrà, tuttavia, partecipare fuori concorso, come ospite gradito, con una composizione poetica o un racconto, opera che sarà edita nella plaquette 2009.
Ai vincitori ed ai segnalati sarà data comunicazione dell’esito del concorso; tutti i partecipanti sono cordialmente invitati alla cerimonia d’onore.
La premiazione avverrà nel Castello medievale, sede municipale del Comune di Arquà Polesine, domenica 30 Maggio 2009, alle ore 17.00.
Per eventuali ulteriori informazioni, telefonare allo 0425 91128, ore serali.

O caso Battisti



http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u496224.shtml

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A Itália e o caso Battisti - CONTARDO CALLIGARIS


São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

CONTARDO CALLIGARIS

A Itália e o caso Battisti
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A Itália ganhou a guerra dos anos 70: a República se manteve sem deixar de ser Estado de Direito
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QUANDO SAÍ de férias, o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) tinha negado o status de refugiado político a Cesare Battisti, o foragido da Justiça italiana preso no Brasil em 2007, num quiosque de Copacabana (esse detalhe deve ter revoltado mais de um, na Itália: "Matou meu pai, meu marido, meu amigo, e agora toma água de coco na praia?").
Durante os ditos anos de chumbo italianos, Battisti, 54, foi membro dos PAC (Proletários Armados para o Comunismo), um grupinho ideologicamente pouco expressivo, mas muito violento. Em 1981, sem ser acusado de nenhum homicídio específico, ele foi condenado a 12 anos de prisão; fugiu para o México e, logo, para a França. Quando a França mudou sua política de asilo aos terroristas foragidos, Battisti veio ao Brasil, com documentos falsos.
Entretanto, Pietro Mutti, chefe dos PAC, foi preso na Itália e, para evitar a prisão perpétua, escolheu a "delação premiada". Na delação premiada, os acusados, para se salvarem, denunciam outros culpados, e é frequente que eles "ferrem" logo os foragidos, que estariam "a salvo" (esse era o caso de Battisti). Agora, sem a delação premiada, a polícia italiana não teria desmanchado as organizações terroristas dos anos 70 nem marcado pontos no combate contra as máfias.
Enfim, o "arrependimento" de Mutti levou a novos processos, nos quais Battisti foi condenado por seu envolvimento em quatro homicídios -dois eram execuções de comerciantes que tinham "ousado" resistir aos assaltos pelos quais os PAC "arrecadavam" fundos.
Bem no dia de minha volta ao Brasil (15 de janeiro), eis que Battisti estava nas primeiras páginas da imprensa italiana, num coro de indignação: Tarso Genro, ministro da Justiça, acabava de conceder asilo a Battisti, revertendo a decisão do Conare.
Deixo de lado o debate jurídico. O que mais fere os italianos é a ideia de que, segundo o Brasil, Battisti, voltando para a Itália, correria perigo de vida; como se o Estado italiano fosse um bandido, pronto a eliminar restos incômodos de seu passado.
Há, nessa ideia brasileira, uma projeção: nos anos 70, a Itália teria sido uma ditadura, como o Brasil.
Essa visão da Itália, além de errada, é cúmplice do próprio ideário dos anos de chumbo. Pois, nos anos 70, foi graças à visão de um Estado bandido que os terroristas italianos, de esquerda e de direita, justificaram seu ódio pelo que lhes parecia ser a "mediocridade" democrática.
Neofascistas ou "revolucionários", eram adolescentes enlouquecidos que queriam vidas e mortes "extraordinárias". Atiravam em sindicalistas e comerciantes ou colocavam bombas nos trens para acabar com a "normalidade" cotidiana que receavam para seu próprio futuro; e juravam que era para lutar contra a opressão do Estado.
Hoje, é possível dizer que a Itália ganhou a guerra dos anos de chumbo: a jovem República se manteve sem deixar de ser um Estado de Direito. Quem pensa assim?
Acaba de sair um livro de Adriano Sofri, que foi (ele sim) uma figura crucial e pensante daqueles anos, líder de Lotta Continua, acusado como mandante do homicídio do comissário Luigi Calabresi e condenado a 22 anos de prisão. Em "La Notte che Pinelli" (ed. Sellerio), Sofri reconstitui a história da investigação depois do atentado de Piazza Fontana, em Milão, em dezembro de 1969 (bomba que foi o primeiro ato dos anos de chumbo).
O comissário Calabresi seguiu a pista anárquica -errando, pois a bomba (entendeu-se mais tarde) era de direita. O anarquista Giuseppe Pinelli, questionado, "jogou-se" da janela do quarto onde estava sendo interrogado. Lembro-me bem: Pinelli, para todos nós, "tinha sido suicidado".
Junto com o corpo de Pinelli, naquela noite, ruiu a confiança no Estado. Ou seja, a bomba surtiu o efeito desejado: durante décadas, a democracia pareceu ser apenas o disfarce de uma dominação brutal e escusa, que legitimaria o combate armado. Calabresi, um policial íntegro, não foi responsável pela morte de Pinelli, mas foi assassinado, em 1972, depois de uma campanha de imprensa que o culpava.
Com coragem admirável, Sofri escreve o que talvez venha a ser o melhor epitáfio dos anos de chumbo: "Não me sinto corresponsável por nenhum ato terrorista dos anos 70.
Mas do homicídio de Calabresi, sim, por ter dito ou escrito ou por ter deixado que se dissesse e se escrevesse "Calabresi, você será suicidado'".

sábado, 17 de janeiro de 2009

9° Corso di Italiano on line - Trevisani nel Mondo

Riparte a gennaio il corso di Italiano on line.

Anche nel 2009 verrà svolta una delle attività ormai tradizionali dell'ATM, il corso di Italiano a distanza che viene tenuto via Internet.

Il corso, denominato VE-NET, progettato e tenuto dal prof. Ottavio de Manzini, socio dell'ATM, permette agli utenti di seguire le lezioni e di svolgere gli esercizi di verifica senza spostarsi dalla propria sede, e questo è uno degli aspetti positivi della comunicazione elettronica, per tanti altri aspetti invece purtroppo deprecabile.

Il corso è destinato a emigrati o loro discendenti, in possesso di nozioni elementari di lingua italiana. Viene data la precedenza nelle iscrizioni ai richiedenti che dovranno svolgere attività di formazione/insegnamento dell'Italiano in sede locale, sia a distanza che in presenza e in particolare all'interno di attività svolte dalle istituzioni e dai circoli italiani all'estero.

L'attività didattica si svolge all'interno di un'aula virtuale, il cui accesso è riservato ai partecipanti e che si basa oggi su un programma denominato Moodle, che comprende una molteplicità di strumenti didattici e di comunicazione specificamente destinati alla formazione a distanza.

Nel passato, quando si sono tenuti i primi corsi VE-NET nel 1999, gli strumenti a disposizione erano molto meno raffinati e possiamo dire di essere stati, noi e i nostri primi studenti, dei veri precursori in tale settore.

Ricordiamo, tra tanti altri, Zelma Mariot Hilbert, Licia Canton, Claudio Marangoni...

Lo scopo di questi corsi è quello di rafforzare la padronanza della lingua d'origine, mediante lo studio di schede di grammatica, lo svolgimento di esercizi e la redazione di elaborati individuali e di gruppo. Ma quello che soprattutto caratterizza il nostro approccio è il particolare accento posto sull'uso della lingua italiana: i partecipanti comunicano tra loro su ogni aspetto del corso, si scambiano idee e consigli, si aiutano a vicenda nella comprensione delle lezioni e hanno anche uno spazio libero per chiacchierare del più e del meno, ma tutto ciò, sempre in Italiano.

Certo, in molti casi, e soprattutto nelle fasi iniziali, si tratta di un Italiano un po' maccheronico, ma alla fine i risultati si vedono!

C'è in verità anche un altro scopo, non meno importante, cioè quello di incrementare e favorire i contatti tra i nostri connazionali residenti in diversi continenti e tra le associazioni presso le quali essi operano, e tra esse e la regione d'origine.

I risultati in questo senso non mancano e lo dimostrano anche gli incontri non virtuali che avvengono tra i partecipanti e tra essi e l'insegnante. Quando qualcuno di loro torna in Italia per le vacanze non manca di telefonare al professore, che li incontra sempre molto volentieri.

Anche i risultati sul piano puramente didattico sono stati finora più che soddisfacenti e lo testimoniano le lettere di apprezzamento inviate alla fine del corso, oltre alle numerose richieste di poter frequentare dei corsi avanzati e di approfondimento. Ciò non è stato finora possibile, ma si spera che alla fine l'ente sostenitore (la Regione del Veneto) possa accogliere tali richieste.

http://corsi.trevisaninelmondo.it/moodle/
Fonte: Associazione Trevisani nel Mondo

Ministro da Justiça do Brasil aprova concessão de asilo para ex-ativista italiano

Cesare Battisti, atual escritor e ex-ativista, condenado na Itália à prisão perpétua, obteve concessão de asilo no Brasil em decisão do Ministro da Justiça, Tarso Genro. O Ministro da Justiça, Tarso Genro, decidiu pela concessão de asilo político ao italiano Cesare Battisti,ex-ativista vinculado PAC (Proletários Armados para o Comunismo), condenado na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios. O ministro entendeu que existe o elemento de “fundado temor de perseguição”. O voto foi proferido nesta terça-feira (13), depois de analisados os argumentos do recurso impetrado contra a negativa do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), em novembro passado. Com a decisão, o processo de extradição de Battisti, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) a pedido da Itália, ficará suspenso e só será reaberto em caso de mudança na decisão do governo brasileiro. O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, já havia dado um parecer favorável à extradição.

A nota, divulgada pelo Ministério da Justiça às 21h desta terça-feira, sob o título “Tarso Genro aprova refúgio do escritor italiano Cesare Battisti”, em uma alusão à atividade que Battisti passou a desenvolver depois fugiu da Itália, destaca que, no voto, o ministro Tarso cita o Estatuto dos Refugiados, de 1951, e a Lei 9.474, de 1997, que prevê como motivo de refúgio “fundado temor de perseguição por motivos de raça (...) ou opinião política”. Segundo ele, a Itália reconhece a conotação política, uma vez que na sentença de Battisti consta o crime de associação subversiva, “com a finalidade de subverter o sistema econômico e social do país”.

Preso em 19 março de 2007 no Rio de Janeiro, pela Polícia Federal, com o auxílio de policiais franceses, Battisti estaria no Brasil desde 2004, depois de passar uma temporada na França, para onde se deslocou após fugir da Itália em 1981. Além da decisão do Comitê Nacional para os Refugiados – Conare, que indeferiu, no final de novembro passado, o pedido de refúgio solicitado pelo italiano, em abril passado o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, emitiu parecer favorável à extradição do ex-ativista, processo estava tramitando no Supremo Tribunal Federal, a partir de uma solicitação do Governo italiano.

No parecer que enviou ao STF, o procurador Antonio Fernando Souza afirma que Cesare Battisti cometeu crimes comuns, passíveis de extradição, e não crime político, que o manteria em condição legal no Brasil. O procurador ressalv que se o STF vier a autorizar a extradição de Cesare Battisti será necessário condicionar a decisão a um compromisso da Justiça da Itália de substituir a pena de prisão perpétua - condenação que Battisti recebeu na Itália - pela pena de 30 anos de reclusão, abatendo desse período o tempo que o réu cumpriu em prisão preventiva no Brasil.

Conforme alega em sua defesa (seu advogado é o ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh) , e foi destacado no comunicado do Ministério da Justiça, Battisti foi condenado somente após fugir da Itália, “com acusações não embasadas em provas periciais, mas em testemunho do delator premiado Pietro Mutti, ex-companheiro de Battisti . A concessão de refúgio na França se deu por motivos políticos. O presidente François Mitterrand acolheu os italianos sob a condição de que abandonassem a luta armada”.

Logo após a sua prisão, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) chegou a esboçar um movimento em favor da não extradição do italiano, cujo processo, solicitado pelo Governo italiano está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal – STF. O Caso está nas mãos do ministro Cézar Peluso e não tem prazo para ser julgado pelo plenário. O senador Eduardo Suplicy, que visitou Battisti na prisão, também defendeu, em pronunciamento feito no ano passado, a permanência de Battisti no Brasil.

Pouco depois da prisão de Battisti, mais exatamente no dia 20 de março de 2007, o então ministro da Justiça da Itália, Clemente Mastella, que integrava o governo de centro-esquerda liderado por Romano Prodi, telefonou ao seu colega brasileiro para agradecer a atuação das forças policiais brasileiras na captura do ativista. Destacou na ocasião que que o tema tocava muito de perto a opinião pública italiana, informando que o governo daquele país irá utilizar todos os instrumentos legais para obter a extradição de Battisti, esperando a colaboração do governo brasileiro. “Para nós é muito importante obter a extradição, já que Battisti cometeu quatro homicídios e fugiu do cárcere italiano, desrespeitando o direito dos cidadãos, das famílias das vítimas e a própria democracia”, acrescentou.

O ministro Tarso Genro, por sua vez, agradeceu a menção elogiosa às polícias brasileiras, cuja ação, destacou, desenrolou-se dentro da lei e da Constituição. “Aguardamos o pedido formal de extradição por parte do governo italiano, para examinarmos sua admissibilidade, que será definida pelo Supremo Tribunal Federal, depois de manifestação do Ministério Público Federal”.

Tarso Genro disse ainda ao ministro Clemente Mastella que respeita o governo italiano e o Estado de Direito vigente naquele país, que soube resistir à violência contra o Estado sem desconstituir a democracia política. “Vamos cumprir todos os trâmites legais, sem qualquer tipo de parcialidade”, acrescentou o ministro da Justiça.

Battisti já escreveu 12 livros, sendo o último deles de caráter autobiográfico, intitulado Minha Fuga sem Fim.

Fonte: Redação revista eletrônica Oriundi (oriundi.net)